Não virou amor, virou poema
Tristeza quando dança
Lorde e Melodrama
Ela é abismo de cores que idealizo pular
Reinventei a melancolia risonha
Presa na essência
Em infinita distância
De uma boca que não há de me chamar
Ainda acordo às quatro da madrugada
Para escrever em vão à amada
Serenatas simbólicas
Temo que ela nunca as lerá
Poderia dançar na minha tempestade
Gozar até tarde
Ficar à vontade nessa tragédia envolvente
Molhar a face na água da minha felicidade ardente
Em meus sonhos ainda recito versos bonitos de fidelidade
Numa prosa deprimente de saudade
À morte de um amor que ainda vive em minha mente:
Foi-se cedo demais, partiu sem deixar resquícios de reciprocidade.
Eu te imagino em via dupla em contato comigo
De frente ou de costas num abraço amigo
Tesoura que não corta mas gruda
Estaria eu fadada a amar separada do grande amor da minha vida?
Afinal, quanto tempo dura
O que nasceu para morrer
Em meus pensamentos, te juro
Há três meses só dá você
Eu saboreio o seu prazer
Nos imagino rodeadas de amor e arte
Saturno e Marte
Sheila Jeffreys e Audre Lorde
Ao oposto que me entregava apenas inteiras metades:
Refiz-me no pó que me tornaste
Te vejo colorida nas entrelinhas do meu caderno cinza
Romantizo teu fogo que me queima inteira
Da prateleira das lembranças pego novamente
Sua presença quando se faz tão ausente
Não virou amor, virou poema
Tremedeira dos pés à cabeça
E eu não poderia passar a eternidade sem te deixar saber
Que me encontro ao me perder
E eu só queria que fosse com você.
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