sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Perdida.

Não havia escapatória. Era tudo ou nada. Um caminho sem saída para qualquer que fosse a opção escolhida. Ou eu sentia tudo de uma única vez ou sentia nada. Eu não podia mais escolher o meio termo, o café com leite, o cinza, o morno, cair em pregos e fingir que eram plumas. Não mais. Ou eu gosto ou não gosto. A dúvida dói, machuca, belisca a alma cujo destino escolhido jamais será tão prazeroso quanto a tristeza. Ser ou não ser? Sentir ou não sentir? Ficar ou fugir? Ou entro no jogo ou brincam comigo. Não existe um caminho mais suave e menos tortuoso, com menos tropeços e quedas mais agradáveis. Eu estava perdida e era tarde demais pra mim. 

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