Perdida.
Não havia escapatória. Era tudo ou nada. Um caminho sem saída para
qualquer que fosse a opção escolhida. Ou eu sentia tudo de uma única vez ou
sentia nada. Eu não podia mais escolher o meio termo, o café com leite, o
cinza, o morno, cair em pregos e fingir que eram plumas. Não mais. Ou eu gosto
ou não gosto. A dúvida dói, machuca, belisca a alma cujo destino escolhido
jamais será tão prazeroso quanto a tristeza. Ser ou não ser? Sentir ou não
sentir? Ficar ou fugir? Ou entro no jogo ou brincam comigo. Não existe um
caminho mais suave e menos tortuoso, com menos tropeços e quedas mais
agradáveis. Eu estava perdida e era tarde demais pra mim.
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