[...] então me vi cair em outros
braços, sentindo a leveza dos abraços que me acalentavam por mais uma perda que
se fazia presente aqui dentro de mim. Recordo-me verazmente dos aplausos e abraços
contentes no verão, e da distância que crescia entre mim e os que se diziam
amigos, com a chegada do inverno em minha vida, outra vez. Toquei a alma de um
outro alguém através de suas artes escritas. Ressurgiram-me das cinzas. Não
nego: fulminam os pensamentos decadentes do corpo que secretamente tanto anseia
estar vivo. Suas palavras me aconchegavam de maneira demasiada acolhedora
e a poesia de seu punho e letra fazia-me desejar a coragem de viver. A vontade
de resistir. Lutar e prosseguir. Pudera eu andar de mãos dadas com os demônios
que me atormentam, recuar e não mais enxergar a cena da minha mais triste
pessoa caída aos prantos no chão gélido e sem vida. Vi-me às lástimas, porém sorrindo,
com todas aquelas palavras muito bem vindas enquanto regozijava da mais bonita
relação que eu poderia, àquela altura, ter tido. Obrigada, amigo.
sábado, 22 de abril de 2017
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